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Denúncia do golpe: veja o que acontece agora que a PGR reiterou ao STF que Bolsonaro e militares devem se tornar réus


Agora, cabe ao STF decidir se aceita ou não a denúncia. Denúncia inclui Bolsonaro e nomes como o general Braga Netto, Mauro Cid, Anderson Torres e Augusto Heleno, entre outros A Procuradoria-Geral da República (PGR) reafirmou nesta quinta-feira (13) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros militares e aliados próximos devem virar réus por suposto envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Agora, cabe ao STF decidir se aceita ou não a denúncia. Entenda o que significa essa etapa e quais são os próximos passos do processo:

O que significa a denúncia da PGR?

Quando a Procuradoria-Geral da República apresenta uma denúncia, ela formaliza a acusação de que alguém cometeu um crime e solicita que a Justiça abra um processo penal para investigar e julgar os acusados.

Ex-presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto de Brasília em 6 de março de 2025

Reuters/Adriano Machado

Nesse caso, a denúncia inclui Bolsonaro e nomes como o general Braga Netto, Mauro Cid, Anderson Torres e Augusto Heleno, entre outros. Segundo a PGR, eles formaram o núcleo central de uma trama golpista contra a democracia brasileira.

A PGR considerou que as investigações reuniram provas suficientes e detalhadas contra cada acusado. Na denúncia, destacou especialmente o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que forneceu informações consideradas relevantes e válidas.

Quais os próximos passos?

Com a nova manifestação da PGR, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, começará a elaborar seu voto. Em seguida, o caso será levado à Primeira Turma do Supremo, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin (presidente), Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

O STF fará então a análise inicial da denúncia. Nesta etapa, os ministros decidem se a denúncia é sólida o suficiente para que o processo penal seja aberto. Ainda não é um julgamento da culpa ou inocência dos acusados, apenas uma análise prévia sobre os requisitos legais.

PGR rebate argumentos e defende tornar réus Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

O que acontece se a denúncia for aceita?

Se o STF aceitar a denúncia, Bolsonaro e os demais denunciados tornam-se réus oficialmente. Começa então uma fase chamada instrução processual, que inclui:

Coleta de novas provas;

Oitiva de testemunhas;

Interrogatório dos réus;

Apresentação das alegações finais, onde acusação e defesa resumem seus argumentos.

Após essa fase, o STF julga o caso e decide pela absolvição ou condenação dos acusados. Em caso de condenação, o tribunal determina o tempo das penas para cada réu.

E se a denúncia for rejeitada?

Caso o STF entenda que os requisitos da denúncia não foram cumpridos ou as provas não são suficientes, o pedido será rejeitado e o processo arquivado. Porém, tanto a defesa quanto a PGR podem recorrer dessa decisão.

Principais alegações da defesa

Os advogados de Bolsonaro e dos demais acusados contestam a denúncia, alegando que:

o STF não seria o tribunal adequado para julgar o caso;

Alexandre de Moraes teria tomado medidas além do permitido ao magistrado;

houve restrição ao acesso às provas.

A PGR, contudo, rebateu todas essas alegações, afirmando que o processo foi conduzido dentro dos procedimentos legais e que os réus tiveram acesso adequado às provas apresentadas

O caso agora aguarda o voto do relator e sua inclusão na pauta de julgamento da Primeira Turma do STF.

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