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Alckmin diz que tarifaço de Trump é medida 'equivocada' e reação não deve ser 'olho por olho'


Vice-presidente defendeu diálogo com os norte-americanos e afirmou que o caminho a ser seguido pelo Brasil deve ser pautado pela lógica 'ganha ganha'. Alckmin argumentou que zerar imposto de importação de alguns alimentos não deverá impactar tanto arrecadação do governo, mas fará diferença para cidadãos

Getty Images via BBC

O vice-presidente Geraldo Alckmin classificou nesta quinta-feira (13) como "equivocada" a decisão do governo Donald Trump de elevar tarifas de importação do aço e do alumínio.

Alckimin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, disse ainda que a reação do Brasil ao tarifaço dos Estados Unidos não deve ser uma retaliação "olho por olho".

A tarifa imposta pelo governo de Donald Trump de 25% sobre o aço e o alumínio importados, o que atinge os setores no Brasil, entrou em vigor na quarta-feira (12). Representantes da indústria siderúrgica cobram providências do governo brasileiro.

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Para Alckmin, a resposta brasileira deve ser pautada pela lógica "ganha ganha" e dada após diálogo com os norte-americanos.

"A medida dos Estados Unidos sobre aço e alumínio não foi contra o Brasil. Foi equivocada. O Brasil não é problema para os EUA. Eles têm superávit comercial com o Brasil", afirmou.

"O caminho não é olho por olho. O caminho é pelo ganha ganha. Reciprocidade de buscar o diálogo, é isso que nós vamos fazer", completou Alckmin.

Nesta sexta-feira (14), técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio vão se reunir com representantes dos Estados Unidos para tratar das medidas tomadas unilateralmente pela gestão Trump.

Negociadores brasileiros tentam convencer os americanos de que a tarifa é prejudicial para a própria economia dos Estados Unidos.

Neste sentido, auxiliares de Lula identificam indícios de que as tarifas aos produtos brasileiros não seriam do interesse do setor privado americano, o que pode auxiliar em um recuo. O Brasil, por exemplo, vende aço semiacabado, muito utilizado na indústria americana.

O governo Lula também conversa com empresários brasileiros para verificar o impacto da taxação e se uma eventual retaliação poderia piorar a situação dos produtores nacionais.

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