G1

Com Gleisi no Palácio, Lula dobra a aposta em agenda do PT e da esquerda e isola Haddad


Governo entra no modo 'make PT great again'. Presidente do PT tem histórico de embates com ministro da Fazenda. Gleisi, Lula e Padilha

Ricardo Stuckert / Presidência da República

Com a confirmação de Gleisi Hoffmann (PT-PR) na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Lula dobra a aposta na agenda da esquerda e do PT e entra no modo 'Make PT great again', avaliam aliados.

Além de dobrar a aposta, a escolha de Lula isola ainda mais Fernando Haddad dentro do governo. O presidente empoderou a dupla principal do PT que liderou embates e derrotas contra o ministro da Fazenda: Gleisi Hoffmann e Rui Costa.

A nomeação dela é vista, inclusive, como um ataque a Haddad, deixando o ministro ainda mais isolado, avaliam aliados.

Aliados de Lula estão assustados pois alertam para uma sensação de governo Dilma 2 com essas trocas de Lula 3.

A volta de Gleisi para o Palácio (ela já foi ministra da Casa Civil no governo Dilma) não é parte de uma reforma ministerial, mas sim de uma dança das cadeiras para adequar aliados e pavimentar o caminho até 2026.

A deputada assume uma função central no Palácio - o principal papel de articulação política e interlocução com a Câmara e o Senado. Ela, inclusive, tem ótima relação com o presidente da Câmara, Hugo Motta.

O anúncio frustrou o Centrão, que estava de olho na pasta.

Na campanha, Lula prometeu um governo de centro, mas o governo é cada vez mais PTcêntrico.

Gleisi Hoffmann é nomeada ministra das relações institucionais

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