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Queda de preços pode não acontecer 'na velocidade que desejamos', diz ministro da Agricultura

Carlos Fávaro explicou as medidas anunciadas pelo governo federal na quinta-feira (6). Para ministro, Plano Safra e "super safra" deste ano deve aliviar os preços. Ministro da Agricultura fala sobre plano para baixar preço dos alimentos

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que as medidas do governo Lula (PT) para reduzir o preço dos alimentos, anunciadas na quinta-feira (6), podem não acontecer "na velocidade que desejamos".

"É possível que não seja na velocidade que a gente deseja na parte dos preços dos alimentos", disse o ministro em entrevista ao Estudio i.

A principal proposta do governo é a de aumentar a competitividade dos produtos vendidos no Brasil ao zerar o imposto de importação de alguns itens. Sem a tarifa, o objetivo é que os produtos importados cheguem por valores menores ao país e, desse modo, crie uma pressão aos produtores locais para que reduzam seus preços para manter seus clientes.

Fávaro disse que o entendimento do presidente Lula que, se o país abrir mais mercados em outros países para exportar, o que foi feito por meio da diplomacia, é necessário que esteja aberto para receber esses outros produtos. "Massas, óleos, azeites, [aumentamos] cota para óleo de palma, que a indústria usa muito, e todas essas cotas já foram consumidas."

O conjunto de ações anunciadas na quinta-feira, junto com o Plano Safra e também com o que Fávaro definiu como uma "super safra" chegando, darão boas respostas para a população, que deverá ver o preço dos alimentos caindo.

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Fávaro afirmou que o governo vai trabalhar com os governadores para tentar retirar o ICMS de itens da cesta básica em estados que ainda aplicam o imposto.

Outra medida é uma campanha de comunicação direta com os supermercados para indicar ao cidadão onde estão os menores preços e, dessa maneira, "aumentando a competitividade para reduzir a inflação". O ministro disse que isso não será tabelamento ou controle de preços dos alimentos nos mercados.

Medidas para reduzir preços

Entre as medidas anunciadas pelo governo Lula para reduzir o preço dos alimentos, e que devem entrar em vigor em alguns dias, estão zerar a tarifa de importação para alguns itens como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva.

Anunciado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, o plano faz com que, segundo ele, o governo abra mão de imposto em favor da redução de preço.

A inflação dos alimentos é uma das principais preocupações do governo Lula no momento, porque tem um grande impacto em como a população enxerga a gestão e, segundo especialistas, é um dos fatores que contribuem para a crise de popularidade que o presidente enfrenta atualmente.

Veja como ficam as tarifas de importação:

Carne

Tarifa de importação atual: 10,8%

Nova tarifa: 0%

Café

Tarifa de importação atual: 9%

Nova tarifa: 0%

Açúcar

Tarifa de importação atual: 14%

Nova tarifa: 0%

Milho

Tarifa de importação atual: 7,2%

Nova tarifa: 0%

Azeite

Tarifa de importação atual: 9%

Nova tarifa: 0%

Óleo de girassol

Tarifa de importação atual: até 9%

Nova tarifa: 0%

Sardinha

Tarifa de importação atual: 32%

Nova tarifa: 0%

Biscoitos

Tarifa de importação atual: 16,2%

Nova tarifa: 0%

Massas alimentícias (macarrão)

Tarifa de importação atual: 14,4%

Nova tarifa: 0%

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